foto: divulgação
Perguntado por Augusto Nunes se suas obras deveriam ser adotadas em escolas, Leandro Narloch respondeu: “Não, prefiro que adquiram como quem compra algo para ler escondido”.
Felizmente, a escola não tem o poder doutrinário que se autoatribui. Não adianta repetir que Tiradentes foi um herói nacionalista, que a República nasceu do clamor popular, que Getúlio Vargas foi o pai dos pobres. São meias-verdades, não são fatos, e a leitura subversiva, de livros que não estão na escola, tratarão de desfazê-las, de desmoralizá-las.
O bom livro de história é de oposição, como o bom jornalismo, lê-se escondido, à margem da escola, do oficialmente aceito. O bom livro de história é provocação às "verdades" ditas nas escolas. “Ah, mas Leandro Narloch é de direita”, você acusa. Pode ser, mas a esquerda também é livre para ser subversiva, para provocar com livros de história subversivos, que digam, por exemplo, que a revolta escrava de 1816, em Santo Amaro, é mais importante do ponto de vista popular que o 2 de julho, disputa entre elites. Se quiserem provocar Leandro, que tal começar usando a mesma arma: questionar a história ensinada nas escolas a partir de um ponto de vista subversivo de esquerda?
Nenhum comentário:
Postar um comentário