fotos: Elaine Quirelli // Divulgação // Divulgação
Quem lê os autores baianos contemporâneos são apenas os autores baianos. Uns compram os livros dos outros. É um diagnóstico radical, assaz negativo, há controvérsias, mas não está longe dos fatos. Contam-se nos dedos os leitores outros de autores baianos publicados por editoras baianas. Os publicados por editoras do Sul têm um pouco mais de leitores, mas somados não chegam a um milésimo sequer de um Jorge Amado.
O problema não é só da Bahia. Tirando Rio-SP, Pernambuco (por conta de um incentivo substancial do governo local) e RS, as unidades da federação não têm indústria editorial robusta, muito menos autores lidos nacionalmente. Mas nós, pelo menos, temos talentos, como Gustavo Falcón, Adelice Souza e Márcio Matos. Faltam-nos os leitores e os meios de chegar até eles. Só o talento não basta, ou já será um bom começo? Bem, vamos avançar no debate na Flica.
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